Paulo Alexandre Barbosa - Gestor Público

Por Portal Opinião Pública 02/08/2022 - 08:50 hs
Foto: Divulgação

Experiência e competência a serviço do pleno exercício da cidadania e qualidade de vida

Paulo Alexandre Barbosa tem 43 anos, mais de 20 deles à gestão pública. É casado, três filhos e formou-se em Direito pela Universidade Metropolitana de Santos logo ingressando na política.

Em 2002 assumiu o cargo de diretor de Projetos Especiais da Fundação para o Desenvolvimento da Educação (FDE), órgão ligado à Secretaria Estadual da Educação, onde atuou como secretário-adjunto de 2004 a 2006.

Foi o mais jovem Deputado Estadual eleito no pleito de 2006, conseguindo o maior número de votos na história de São Paulo.

Em 2010, foi reeleito como o segundo parlamentar mais votado. Neste período, Paulo Alexandre também foi Secretário de Estado de Desenvolvimento Social e Secretário de Estado de Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia. Na Educação, implantou e coordenou o maior programa de bolsas do estado do país, o “Escola da Família”, que consistiu na abertura de todas escolas estaduais aos finais de semana. A iniciativa pioneira teve o reconhecimento da Organização das Nações Unidas (ONU) e da Organização dos Estados Americanos (OEA). À frente do Desenvolvimento Econômico, Ciência e Tecnologia, implantou o programa “Via Rápida Emprego”, que oferece capacitação profissional gratuita para os cidadãos em busca de uma oportunidade para ingressar no mercado de trabalho.

Além dos desafios da vida pública, Paulo Alexandre também aceitou o convite para apresentar o Programa Lição de Vida, transmitido pela TV Canção Nova, ao qual se dedicou entre 2007 e 2011. A atração semanal era voltada à valorização e divulgação do trabalho desenvolvido pelas organizações que compõem o terceiro setor do país. Foram quatro anos de muito aprendizado viajando por todo o Estado de São Paulo para contar histórias de superação e apresentar trabalhos desenvolvidos por voluntários e profissionais dedicados ao bem-estar comum. Esta experiência tão enriquecedora se transformou no livro “Lição de Vida” que retrata mais de 100 histórias inspiradoras que conheceu durante as gravações.

Nas eleições de 2012, realizou o sonho de se tornar Prefeito de Santos, sendo eleito no primeiro turno com 57,7% dos votos e reeleito com 77,4%. Em seus mandatos, Paulo Alexandre Barbosa tirou do papel a Nova Entrada de Santos, um sonho de décadas; entregou a Nova Ponta da Praia; 7 escolas; 8 vilas Criativas; Santos recebeu o selo de Cidade Criativa da UNESCO, é a única da América Latina com selo de cinema; implantou o Programa de Participação Direta nos Resultados, com a economia de recursos públicos e a bonificação dos funcionários públicos; realizou o sonho da casa própria de mais 1140 famílias e o Programa Mãe Santista, atingiu o menor indicador de mortalidade infantil da história de Santos, com 7,2 óbitos por mil nascidos vivos. Todo o trabalho e dedicação da equipe de governo resultaram no recorde de 80,2% de aprovação da gestão.

Atualmente, Paulo Alexandre é consultor da Comunitas, uma organização da sociedade civil especializada em modelar e implementar parcerias entre os setores público e privado, visando maior impacto do investimento social como foco na melhoria dos serviços públicos. Dentro deste propósito, segue compartilhando todas as suas ações exitosas na gestão pública em mentorias para prefeitos de todo o Brasil.

No final de 2021, foi convidado a fazer parte do Programa Liderando para o Desenvolvimento, da Escola Nacional de Administração Pública.  Esteve em Brasília para ministrar palestras sobre os principais cases de inovação da gestão de Santos para três turmas de novos prefeitos do país, compartilhado com mais de 150 gestores, programas que melhoram a qualidade dos serviços públicos.

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VC – Você foi um espetáculo como prefeito de Santos. Dois mandatos ganhos no primeiro turno e 80,2% de aprovação no último mandato. Inclusive elegendo o sucessor. A que você atribui tamanha aprovação?

PAB – O carinho que eu tenho recebido até hoje das pessoas na rua é muito bacana, isso é o que, verdadeiramente, me motiva. Eu digo sempre que quem não gosta de gente tem que escolher outra atividade que não seja a vida pública. Porque para estar na vida pública a gente tem que estar em contato permanentemente com as pessoas, tem que gostar de pessoas. Quando eu era prefeito as melhores ideias que surgiram foram na rua. “Aqui no meu bairro tem que ser assim prefeito”.  Porque a pessoa mora no bairro e conhece melhor do que ninguém os problemas do bairro – aí vem uma pessoa de fora do bairro querer resolver o problema sem ouvir quem mora no bairro não pode - então é muito importante essa troca, quem ouve mais erra menos. E essa energia da população é o que alimenta e coloca a gente para a frente, que nos motiva e é o combustível para que a gente possa trabalhar cada vez mais e melhor.

VC – Na pandemia Santos fez a lição de casa direitinho. Saúde tem que estar em que lugar numa administração pública?

PAB – Durante a nossa gestão preparamos a cidade para o enfrentamento da covid-19. Foi necessário correr contra o tempo e estruturar as unidades de saúde para que ninguém ficasse sem atendimento. Optamos por enfrentar a pandemia qualificando, equipando e ampliando as unidades de saúde, ao invés de gastar com estruturas temporárias. Sabíamos que uma hora tudo isso ia passar e este investimento teria um caráter permanente para a população. Santos deu exemplo para o mundo de civilidade e respeito ao próximo. Saúde sempre em primeiro lugar.

VC – Quais foram os maiores desafios enfrentados durante a pandemia?

PAB – Cada vida salva teve a participação decisiva de profissionais que não pararam para garantir serviços essenciais à população. Todos os avanços obtidos pela administração só foram possíveis com o apoio e dedicação de todos os servidores. Mar calmo nunca fez bom marinheiro. As dificuldades e os desafios nos obrigam a sair da zona de conforto e pensar em soluções urgentes e diferentes para avançarmos sempre. Principalmente quando vidas estão em jogo.

VC – Na sua gestão a saúde ganhou grande relevância dentro do orçamento municipal. Cite um exemplo concreto.

PAB –A saúde sempre foi uma prioridade da gestão. Transformamos em realidade investimentos que muitos não acreditavam. Mesmo diante da maior crise econômica no Brasil. Entregamos o Complexo dos Estivadores, 3 Upas, 11 novas policlínicas e o moderno Ambesp numa inovadora parceria com a iniciativa privada. Buscamos sempre trabalho e resultado. 

VC – Santos é uma cidade turística. Qual a distância entre o turismo e o investimento na área social?

PAB – A nossa gestão não se baseou em discursos e sim em recursos, com obras e investimentos que ajudaram a melhorar a vida de cada um dos santistas que moram na Zona Noroeste! Fico muito feliz por ter trabalhado muito para construir uma região cada vez melhor para se viver. Santos é a cidade litorânea mais procurada como destino turístico pelos brasileiros. O turismo é muito importante, por isso sempre trabalhamos e buscamos novos investimentos e qualidade de vida para quem mora e quem visita à cidade.

VC – Porque Santos é a melhor cidade para idosos viverem com qualidade de vida no estado de São Paulo?

PAB – Em 2017, Santos foi considerada a melhor cidade para idosos viverem entre os municípios com mais de 100 mil habitantes do entorno. Segundo o levantamento da FGV e do Instituto de longevidade Mongeral Aegon que envolveu dois grupos etários: de 60 a 75 anos e acima dos 75, sendo que, em ambos, os índices santistas são melhores que os demais. O índice de desenvolvimento urbano para longevidade (IDL) combina com a análise de indicadores gerais, cuidados de saúde, bem-estar, finanças, condições de habitação, oportunidades de educação, trabalho, cultura e engajamento. Um dos exemplos é a Vila Criativa oferecendo convívio social e o programa Televida onde se pode acionar o serviço médico por sistema de viva-voz instalado dentro de casa. Máximo respeito com nossos idosos.

VC – Qual o papel do terceiro setor no desenvolvimento de uma cidade?

PAB – Eu sou um defensor do Terceiro Setor. Tive a oportunidade através da Canção Nova no Programa Lição de Vida, de mostrar e apresentar o terceiro setor, fizemos, conhecemos mais de 150 experiências bem-sucedidas. E tem muita gente boa no Brasil fazendo muita coisa boa, nas várias regiões, dos vários estados que nós temos. O Brasil é um país de dimensões continentais. São mais de 5.500 municípios em 27 estados. E a gente precisa apresentar esses bons exemplos. Tem muita gente em casa que fala, “como eu posso fazer para ajudar”? “Como eu posso fazer para organizar o meu trabalho”? É mais simples do que as pessoas imaginam tendo comprometimento, boa vontade e paixão.  Fé e força de vontade é uma boa parte da caminhada. Tem muita gente boa no Brasil realizando trabalhos assistenciais de referência. Muitas vezes, a sociedade civil tem mais preparo do que o setor público para oferecer serviços de qualidade para a população.

VC – Como pré-candidato a Deputado Federal o que você pode oferecer a cidade de Mauá?

PAB – Mauá é uma cidade promissora, um potencial a ser explorado com a possibilidade de instalação de um porto seco. A minha experiência como gestor público nesses mais de 20 anos de caminhada eu quero compartilhar, por onde eu passar, e fazer o melhor para as pessoas, sempre dando o melhor de mim e trabalhando por um estado e país mais justo. O meu governo só conquistou a confiança da população e foi reconhecido com aprovação recorde, mesmo enfrentando um cenário de pandemia e a maior crise econômica dos últimos 80 anos porque teve planejamento. Se Santos foi eleita a melhor cidade brasileira para se viver, para criar filhos e para fazer negócios Mauá também pode. E eu com a minha experiência quero ajudar.

 VC – Essa polarização política e esse embate entre esquerda e direita te faz qual reflexão?

PAB – Acho que a gente está num ambiente político que estimula a radicalização e ela empobrece o debate político. Faz com que a agenda do país, os problemas do país não sejam discutidos. Discute-se muito a ideologia esquerda, direita, azul, vermelho... E o preço do gás continua subindo, a inflação, a gasolina continuam disparando e os alimentos continuam encarecendo. E as pessoas, cada vez mais, tendo uma vida muito difícil. Esse debate ideológico está melhorando a vida das pessoas?

Ser vermelho, azul, melhorou alguma coisa? Está melhorando? Não está! Então, eu acho que, de verdade, a gente tem que discutir e aproveitar esse momento eleitoral para tratar dos temas que afetam a população e melhorar a vida das pessoas. Quem me lidera são os meus eleitores para quem eu tenho que dar satisfação. E, graças a Deus, os mandatos que eu exerci como Deputado Estadual, como Prefeito, eu fui eleito, fui reeleito, porque me empenhei para fazer um trabalho com seriedade e uma política de resultados que é pra mim aquilo que vale. Olha, Paulo, você vai para a esquerda? Você vai para a direita? Eu quero ir pra frente respeitando as diferenças. Eu não tenho líderes políticos que me cegam, mas tenho pessoas que eu respeito na vida pública. A minha filosofia de trabalho é atuar de forma republicana.

VC – Qual o maior valor de um ser humano?

PAB - A gratidão. Ninguém é uma ilha. Ninguém faz nada sozinho. Como disse o poeta Raul Seixas: “Sonho que se sonha só é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade”. 

JOGO RÁPIDO

COMIDA – Saudável e de boa qualidade para quem precisa.

FUTEBOL – Santos Futebol Clube

CINEMA – Cinema Paradiso

AMOR – Minha família

FUTURO – Economia criativa

UM NÃO – À violência

UM SIM – Aos bons princípios e bons valores na política.

SONHO – Nos redescobrirmos como uma nação unida e construir um Brasil melhor.

PAIXÃO – Terceiro Setor

GESTÃO PÚBLICA – Planejamento, trabalho e resultado.

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Valter Carriel – Pedagogo, Psicanalista e Produtor Cultural convidado especial para esta entrevista da Revista Sucesso.